sábado, 16 de maio de 2015

Vivendo a Cultura da Unidade

Paulo Francisco dos Santos[1]

Então peço que me deem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente.
Filipenses 2.02


O cristianismo é uma grande incógnita para um mundo que se perde na idolatria pelo ego. Mas porque é tão difícil aqueles que estão distantes entenderem a ministração da fé em Cristo? A afirmação bíblica é que a pessoa natural não consegue entender as coisas que são espirituais[2], porém isso, não é uma barreira intransponível, porque a fé pode ser transmitida. A pregação e a prática cristã realizam este milagre através do Espírito Santo[3] e assim, conduzem os distantes ao modo de vida que é tido como utopia por vários seguimentos da sociedade moderna e distante de Deus. Jesus o Messias veio transformar a vida individual (espiritual, emocional e física) e coletiva (cultural, social e comportamental) restaurando o contato perdido no Éden pelos primeiros seres humanos estabelecendo a pedra fundamental do Reino dos Céus. Para tanto Jesus fez discípulos que ao aprenderem sobre o cristianismo não guardaram os ensinamentos para si, mas o compartilharam de tal forma que hoje o evangelho está presente em todos os continentes da Terra. Paulo, apóstolo dos não judeus foi um exímio anunciador das boas novas e jamais mediu esforços para ensinar sobre o amor de Deus através do Evangelho de Jesus Cristo. O versiculo em tela expõe que a satisfação de quem discipula é ver seus discípulos compreenderem a essência do cristianismo e viverem em harmonia. Viver em harmonia não é afirmar que não ocorrerão situações de conflito ou dificuldade, mas é ter condições de uma forma madura solucioná-las de com coerência prosseguir juntamente com os demais a vida comum glorificando a Deus e mostrando a geração deste século a proposta redentora. Tal assertiva ajuda a compreensão da importância da cultura da unidade estabelecida por Cristo e propagada pelos cristãos. Um mesmo amor e a unidade de alma e mente são expressões que demonstram em qual nível o Evangelho deve estar estabelecido no coração daqueles que abraçaram a fé. Atualmente vivemos uma liberdade de expressão, política e cultural que exige de cada cristão um preparo que deve impulsioná-lo a viver em comunhão com Deus, sendo dedicado, orando, estudando as Escrituras Sagradas, dedicando-se a prática do jejum e acima de tudo aplicando os ensinamentos em toda estrutura vivencial em que está inserido. A falta de amor e desunião não são e não podem ser uma realidade cristã, mas muitos que assumem o rótulo de irmandade e auto se intitulam como parte do corpo de Cristo são na verdade agentes das trevas que tentam inserir ideias e ações que provocam dissensão entre os fracos na fé e colaboram para que aqueles que se simpatizam com o Evangelho possam criar barrerias para não aproximar-se da fé. A cultura da unidade cristã deve formar um padrão que reveste os seguidores de Jesus de personalidade e propriedade para defenderem o cristianismo e mostrarem que os verdadeiros discípulos não são fanfarrões que espalham somente ideias, mas são agentes transformadores que além de falar, vivem e demonstram com suas atitudes o que é viver em amor e ter a mente de Cristo. A grande satisfação por ver harmonia, unidade e amor entre os cristãos não é apenas um sentimento que está no coração dos discipuladores investidos nesta tarefa por Cristo, mas algo que vai além, pois parte do coração do próprio Deus.



SP, Maio de 2015.




[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] 1 Coríntios 2.14
[3] João 16.08


  

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