Paulo Francisco dos Santos[1]
Então peço
que me deem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e
sendo unidos de alma e mente.
Filipenses 2.02
O cristianismo é uma grande incógnita para um mundo que se perde na
idolatria pelo ego. Mas porque é tão difícil aqueles que estão distantes
entenderem a ministração da fé em Cristo? A afirmação bíblica é que a pessoa
natural não consegue entender as coisas que são espirituais[2],
porém isso, não é uma barreira intransponível, porque a fé pode ser
transmitida. A pregação e a prática cristã realizam este milagre através do
Espírito Santo[3] e assim, conduzem os
distantes ao modo de vida que é tido como utopia por vários seguimentos da
sociedade moderna e distante de Deus. Jesus o Messias veio transformar a vida
individual (espiritual, emocional e física) e coletiva (cultural, social e comportamental) restaurando o contato perdido no Éden pelos primeiros seres
humanos estabelecendo a pedra fundamental do Reino dos Céus. Para tanto Jesus
fez discípulos que ao aprenderem sobre o cristianismo não guardaram os
ensinamentos para si, mas o compartilharam de tal forma que hoje o evangelho
está presente em todos os continentes da Terra. Paulo, apóstolo dos não judeus
foi um exímio anunciador das boas novas e jamais mediu esforços para ensinar
sobre o amor de Deus através do Evangelho de Jesus Cristo. O versiculo em tela
expõe que a satisfação de quem discipula é ver seus discípulos compreenderem a
essência do cristianismo e viverem em harmonia. Viver em harmonia não é afirmar
que não ocorrerão situações de conflito ou dificuldade, mas é ter condições de
uma forma madura solucioná-las de com coerência prosseguir juntamente com os
demais a vida comum glorificando a Deus e mostrando a geração deste século a
proposta redentora. Tal assertiva ajuda a compreensão da importância da cultura
da unidade estabelecida por Cristo e propagada pelos cristãos. Um mesmo amor e
a unidade de alma e mente são expressões que demonstram em qual nível o
Evangelho deve estar estabelecido no coração daqueles que abraçaram a fé.
Atualmente vivemos uma liberdade de expressão, política e cultural que exige de
cada cristão um preparo que deve impulsioná-lo a viver em comunhão com Deus, sendo
dedicado, orando, estudando as Escrituras Sagradas, dedicando-se a prática do
jejum e acima de tudo aplicando os ensinamentos em toda estrutura vivencial em
que está inserido. A falta de amor e desunião não são e não podem ser uma
realidade cristã, mas muitos que assumem o rótulo de irmandade e auto se
intitulam como parte do corpo de Cristo são na verdade agentes das trevas que
tentam inserir ideias e ações que provocam dissensão entre os fracos na fé e
colaboram para que aqueles que se simpatizam com o Evangelho possam criar
barrerias para não aproximar-se da fé. A cultura da unidade cristã deve formar
um padrão que reveste os seguidores de Jesus de personalidade e propriedade
para defenderem o cristianismo e mostrarem que os verdadeiros discípulos não são
fanfarrões que espalham somente ideias, mas são agentes transformadores que
além de falar, vivem e demonstram com suas atitudes o que é viver em amor e ter
a mente de Cristo. A grande satisfação por ver harmonia, unidade e amor entre
os cristãos não é apenas um sentimento que está no coração dos discipuladores
investidos nesta tarefa por Cristo, mas algo que vai além, pois parte do
coração do próprio Deus.
SP, Maio de 2015.
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