segunda-feira, 18 de maio de 2015

O ideal da unidade

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte – morte de cruz. Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos e declarem abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai.

Filipenses 2.05-11


Glorificado seja o Senhor Jesus Cristo! Refletir sobre toda ação empreendida pelo verbo a favor da humanidade é discorrer um assunto infindável e por vez ao dicionário ausente de definição, porém apesar de sua magnitude ela é dissertável, lógico que dentro da limitação antropológica que nos encarcera e permite apenas vislumbrar uma parcela pequena da grandeza da Obra Vicária que não é algo subjetivo, mas presente e vivido por toda a cristandade e transmissível a todas as pessoas. Não pretendo realizar uma exegese ou tratado hermenêutico, mas de forma sucinta olhar a essência do cristianismo na vida e prática de nosso amado Mestre. A unidade é a solução para que os cristãos possam realizar a obra que lhes foi incumbida e isso, só ocorrerá quando estivermos conectados a Jesus e tivermos a mesma maneira de pensar e consequentemente iremos agir como Ele agiu e glorifica-lo no nosso meio, entre aqueles que estão próximos e também dentro de seus planos e vontade influenciar os pecadores que talvez estejam distantes pessoalmente, mas não intelectualmente e espiritualmente. A grandeza e amor em Cristo são louváveis e Paulo, apóstolo dos não judeus por um chamado e lida incansável que o Novo Testamento trás testemunho sólido, faz menção da divindade de Jesus e sua disposição de assumir a forma humana que o texto em tela deixa claro que é de inferioridade e humilhação para exercer dentro de sua soberania a realização do plano salvífico levando-o a morte e uma morte horrível... Os versículos que alimentam esta reflexão são o depoimento apostólico condensado sobre a história redentiva e um chamado a todos os seguidores messiânicos a assumirem a cultura da unidade, ou seja, deixarem de lado seus interesses e colaborar para que o modo de pensar de Cristo assuma a condução e administração da maneira de viver. A obediência demonstrada pelo Filho do Homem concedeu o prêmio da salvação aos perdidos e a restauração de todo universo que foi afetado pela queda de Adão e seus descendentes. Jesus após morrer em nosso lugar pôde retornar ao seu lugar eterno, ou seja, a ascensão e glorificação foram consequências de suas ações dentro do prisma da unidade vivida com Pai e que é transmitida aos que pela fé se tornam seus seguidores. Hoje, o seu Nome é o nome que está sobre todos os outros nomes e tudo isso só foi possível por que Ele foi, é e sempre será um com o Pai. Caminhar com Jesus é imitar seus passos e permitir a ação do Senhor Espírito Santo na direção da decisão diária de ser obediente ao ideal da unidade conquistado através de sacrifício e amor que reescreveram a história de filhos de Deus numa lista que só a eternidade poderá divulgar a dimensão.



SP, Maio de 2015.




[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.


 

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