domingo, 31 de janeiro de 2016

Espelho, espelho seu!

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito.

2 Coríntios 3.18


O cristão é um espelho! E para que serve um espelho? “Para refletir!” O ser humano originalmente refletia a glória de Deus, mas a queda – a infeliz história do Éden – trouxe a raça humana a perca dessa virtude. Refletir ao Senhor era uma virtude inerente dos pais que consequentemente os filhos herdariam... A realidade durante muitos anos foi dura, triste e cruel, porém Cristo Jesus veio e solucionou o dilema iniciado pela errônea escolha de Adão doando vida as pessoas que creem e também a restauração da virtude de refletir. Isso significa que todo cristão pode bradar: “Sou um espelho, espelho seu, Senhor!” O mundo atual está mergulhado na escuridão[2] e precisa da glória que vem do Senhor e que somente pode ser vista através dos seus espelhos que por meio do Evangelho assumiram a tarefa de espalhar essa glória até os lugares mais distantes dele[3]. Quem olha para o cristão deve enxergar a Cristo! Entretanto, se ao olhar uma pessoa que diz seguir a fé e enxergar nela o antepassado que permitiu a entrada do pecado no mundo, podemos concluir que o cristianismo que essa pessoa professa é apenas a adesão de uma simpatia sem ação, ou seja, admirar, gostar ou dizer que o Evangelho é correto não é a mesma coisa de seguir, praticar e vive-lo. Ser um espelho é muito mais do que cantar bonito, que bater carteirinha em cultos ou desfilar com um broche ou camisa que declare que se pertence a fé cristã. Um espelho perde a função se não consegue claramente refletir a imagem que está em sua frente e isso, significa muito para todos aqueles que decidiram entregar seus caminhos ao Eterno Salvador, pois Ele alertou a seus discípulos que segui-lo significa renunciar a si mesmo[4], ou seja, deixar de refletir pensamentos, palavras, costumes e ações da natureza humana caída. Ser um espelho não uma simples questão de escolha, mas a única decisão que a pessoa cristã deve seguir, pois não há espaço no Reino Celeste para quem não reflete a glória de Deus... O apóstolo Paulo discursa de forma inequívoca que nós não podemos esconder quem somos, pois ao olhar para a face de cada cristão é Jesus quem deve ser identificado. O Espírito Santo é o agente que trabalha de uma forma maravilhosa na vida de cada um, ou seja, individualmente e também em toda a coletividade cristã, que conhecemos bem pela denominação de “Igreja” ou “Corpo de Cristo”. Quero destacar os verbos “ficando e tornando” que expressam uma ação continua para que aqueles que foram adotados como filhos se pareçam com o Senhor. “Aleluias!” A cada dia que permaneço na fé e permito que o Espírito Santo molde meu ser posso receber a oportunidade de ampliar a virtude de refletir o Senhor em minha vida e continuar a feliz exclamação: “Senhor, eu sou um espelho, espelho seu!”


SP, Janeiro de 2016.



[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Colossenses 1.13; 2 Pedro 1.19.
[3] Marcos 16.15; Atos 1.8.
[4] Marcos 8.34,35.


domingo, 24 de janeiro de 2016

Família. “Modelo humano ou divino?”

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

... Porém eu e a minha família serviremos a Deus, o Senhor.

Josué 24.15 (Parte final)


A família é uma ideia divina. Deus cria a família para ser bênção e fomentar uma sociedade que deve espelhar o Céu aqui na Terra. Os planos divinos tiveram quer ser adiados pela equivocada decisão Adâmica que jogou toda sua descendência a propositura de uma vida distante do Criador, de um desequilíbrio estabelecido pelas influências demoníacas e uma constante deterioração da estrutura familiar original. Milhares de anos após a queda o ser humano continua enfrentando dilemas e sofre pela distância de Deus. A família também sofre! O grito de mudança sobre uma estrutura anterior ao surgimento do Estado e mais precisamente de toda e qualquer sociedade tem gerado preocupação a todos aqueles que levantam a bandeira do Evangelho. Vivemos nos dias que proclamam o final dos tempos. Já não basta viver num modelo de família diferenciado do padrão estabelecido por Deus, mas há uma tendenciosa ação para mudar a família alheia, ou melhor, transformar a família cristã e toda a estrutura conceitual dos seguidores das Escrituras Sagradas. Ouvimos brados: “Os cristãos são intolerantes!” – “A família em sua forma atual proclama o ódio!” – “Dia das mães ou dia dos pais são uma afronta a dignidade da pessoa humano!” – argumentos baseados num discurso transvestido de beleza que na verdade é uma grande mentira –  “O conceito de família tradicional é uma maneira da maioria oprimir a minoria que é contra!” – Onde vamos parar!? “Devemos parar de dizer mãe ou pai, pois a palavra responsável é melhor maneira de agradar a todos!” – A todos quem? Sou pai e amo ser chamado assim e acredito que a grande maioria das pessoas nessa nação compartilham da importância do significado de ser pai ou mãe. Formo com minha esposa e filhas uma família tradicional e não tenho a pretensão de mudar e discordo totalmente de ações estatais para querer interferir nela. Neste país não existem leis que proíbam relacionamentos diferenciados e muito menos há ações cristãs ou discurso de incentivo ao ódio contra a formação de tais núcleos, mesmo porque quem segue a Cristo prega  e vive o amor. “Viver o amor cristão não significa concordar com tudo!” Não podemos abraçar a falsa ideia do politicamente correto e buscar neutralidade num assunto como este, pois quem é contra o que a Palavra de Deus ensina é contra também a cristandade. Não podemos cruzar os braços e permitir o esfacelamento da família diante de pessoas que querem erguer como um troféu a zombaria de interferir na vida pessoal e familiar da comunidade cristã. A família é uma instituição que não pode ser modelada ao formato de leis humanas por ser anterior a qualquer lei terrena. O modelo divino sempre estará à frente das ideias anárquicas e diabólicas daqueles que estão presos a rebelião de Adão e não querem aceitar a proposta restauradora do Evangelho de Jesus Cristo. Josué, o grande general de Israel, finaliza sua carreira com um discurso impressionante no capítulo vinte e quatro do livro que leva seu nome, do qual tomei emprestado o versículo em tela para meditar nesta reflexão. A liberdade de escolha é nitidamente conhecida na expressão – “Porém eu e a minha família serviremos a Deus, o Senhor.” – que revela o livre arbítrio deste pai de família, após dizer ao povo para que eles escolham se vão ou não servir a Deus. Seguindo os passos de Josué posso afirmar que para mim eu escolho também o modelo divino em vez do humano. Sei que quem verdadeiramente segue os princípios bíblicos também escolherá Deus. E quem não quer segui-lo? Simplesmente não deve seguir. Não há problema, desde que não se queira interferir na vida de quem segue o padrão estabelecido por Deus[2]. Estamos num país que diz que todos têm o direito de escolher a religião, a posição intelectual e filosófica que quiser. Se existem bandeiras sendo levantadas para destruir o conceito judaico-cristão de família é necessário, e também um direito, ser levantadas todas as bandeiras para conclamar que a família é um modelo divino e não pode ser mudada. Que esta nação possa ouvir numa só voz de todas as famílias cristãs: “A minha família não será alvo de leis estatais que querem roubar nossa liberdade! Eu e minha família dizemos não ao modelo humano! Eu e minha família serviremos a Deus, o Senhor! A minha família segue o modelo estabelecido por Deus!”


SP, Janeiro de 2016.





[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Não estou entrando no mérito de salvação ou na visão bíblica de certo ou errado.


domingo, 17 de janeiro de 2016

Resultado do discipulado: “Altura espiritual de Cristo”

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

Então não seremos mais como crianças, arrastados elas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamento de pessoas falsas. Essas pessoas inventam mentiras e, por meio delas levam outros para caminhos errados. Pelo contrário, falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo até alcançarmos a altura espiritual de Cristo, que é a cabeça.

Efésios 4.14,15


O Senhor Espírito Santo está preparando o crente em Cristo Jesus para algo especial que está descrito nos versículos acima, ou seja, como chegar a altura espiritual do Mestre. Amadurecimento, ser adulto ou ainda refletir o Salvador são palavras que declaram que o cristão não é mais alguém que não consegue ter discernimento, mas que sabe o que quer e o que faz – “seguir o Evangelho”. Os primeiros passos no trilho do cristianismo revelam não somente o início da fé, mas uma trajetória de investidas do inimigo querendo retirar do cristão aquilo que ele tem recebido – Salvação. Quantas pessoas que recebem o chamado, mas desanimam no decorrer da caminhada? Infelizmente não são poucos, pois as Escrituras Sagradas dizem que muitos são convidados e poucos escolhidos[2] e isto, revela a seriedade do ensino e discipulado. Crescer na fé significa uma ação do Espírito Santo que conta com a colaboração de quem recebeu o Evangelho e também de quem está compartilhando-o. Para não ser influenciado por pessoas que inventam mentiras é necessário conhecer a verdade e isso, é possível quando quem a conhece a verdade também a ensina. Discipular é uma virtude que Deus entregou a sua igreja. Para entender o princípio do Discipulado é necessário olhar para o início da vida. Deus doou de sua vida para que Adão e Eva tivessem vida. Os primeiros humanos receberam de Deus a capacidade de gerar vida, ou seja, Adão e Eva receberam vida e por isso, podem conceder vida que é o que conhecemos como concepção ou nascimento. O Evangelho faz a mesma coisa. Jesus ao vir ao mundo trouxe vida que foi transmitida aos seus discípulos que a retransmitiram para outros discípulos e que chegou até nós nos dias atuais. Quem recebe a vida que vem de Cristo e nasce espiritualmente precisa de cuidados. Alimento espiritual é a Palavra de Deus e juntamente com oração, jejum e uma vida dedicada o cristão irá crescer até atingir a altura espiritual de Cristo com o apoio do pai espiritual chamado discipulador. O discipulador deve ensinar (falar a verdade com espírito de amor) aquilo que aprendeu retransmitindo a vida que flui de Cristo, a cabeça da Igreja e aquele que direciona todas as suas ações e assim, podemos ver que o resultado do discipulado eficaz é colaborar para que o discípulo possa chegar a altura espiritual de Cristo.


SP, Janeiro de 2016.




[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Mateus 22.14.


domingo, 10 de janeiro de 2016

“A atualidade da alegria eterna” - Parte 02

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

 Então nós, os que estivermos vivos, seremos levados nas nuvens junto com eles, para nos encontramos com o Senhor no ar. E assim ficaremos para sempre com o Senhor. Portanto, animem uns aos outros com essas palavras.

1 Tessalonicenses 4.18

Ser levado com os ressurretos deve ser a expectativa de todo o cristão! Quantas vezes você já ouviu algum cristão se expressar que tem essa esperança? Se a resposta for várias vezes, você está em meio a uma sólida cultura cristã, mas se houver uma triste negativa a tal pergunta é necessário haver um retorno urgente aos princípios bíblicos. Tempos finais são uma das definições para os dias em que vivemos e esperar o arrebatamento configura para a cristandade um forte indício de saúde espiritual, pois o encontro com o Senhor concede motivação e uma favorável dedicação. “TER” não é o foco cristão, mas “SER”, e os integrantes do seleto grupo (deve ser toda pessoa que foi chamada a fé) que crê na iminente volta do Mestre para buscar seus seguidores não irá se preparar, pois já está preparado e ansioso deseja ouvir o comando que o fará deixar este mundo transitório, que o recepcionou por um período de tempo. Tal crença deve ser atualíssima e sua existência impulsiona uma alegria que se inicia aqui, mas que se estende pela eternidade. Alegria é uma palavra que não somente define um estado de espírito humano, mas que transmite o que será o repaginar da vida terrena quando comparada com a vida eterna vaticinada por Cristo[2]. O céu, lugar não apenas da habitação de Deus, mas codinome do estado permanente dos salvos, tem como escopo maior revelar as pessoas que a alegria não possuirá altos e baixos, mas será uma realidade inequívoca que jamais passará. Falar de um futuro maravilhoso como este, estando neste mundo que tem suas diversas fraquezas parece uma ação utópica, porém não para o cristão, pois ele não anda por vista, mas por fé. Essa fé concede base para que a atualidade da alegria eterna não seja apenas um sonho, mas uma realidade que a cada dia é fortalecida pelo Senhor Espírito Santo que guia cada cristão neste mundo e prepara-o para o dia inusitado do encontro com o Senhor Jesus. Não é possível para o salvo estar preso neste mundo e amando tudo que nele há acima do amor a Deus e sua verdade. Tal fato, enseja um repensar para cada cristão, pois o dia do encontro com o Senhor (salvação) está mais próximo do que quando recebemos a fé[3], e isso, implica dizer que somente é possível desfrutar da alegria que se inicia aqui com a aceitação do chamado para ser filho de Deus e também lá (céu), se não houver abandono da crença na promessa que esta as portas de se cumprir. Por isso, quem está desanimado deve ser animado pela promessa e cada cristão é responsável em contribuir para que esse ânimo possa invadir o âmago e gerar a expectativa que sempre permeou a vida cristã nestes dois mil anos de história. Após analisar os versículos em tela é possível chegar a uma premissa que cada cristão não pode abandonar, mas aplicar diariamente: “Continuemos então envolvidos na grande comissão e jamais deixemos de animar uns aos outros!”

SP, janeiro de 2016.




[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] João 3.16
[3] Romanos 13.11





sábado, 2 de janeiro de 2016

“A atualidade da alegria eterna” - Parte 01

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

 Portanto, animem uns aos outros com essas palavras.

1 Tessalonicenses 4.18

Todos os cristãos são impulsionados a animar uns aos outros... Palavras de Paulo, apóstolo dos não judeus sobre dois pilares do cristianismo – “ressurreição e arrebatamento” – sua excelente redação demonstra que quem abraçou a fé deve comportar-se diferentemente daqueles que desconhecem a realidade das bênçãos e promessas divinas. Ele convida aos irmãos de Tessalônica a ser condutores de uma energização espiritual a todos que decidiram seguir o Evangelho de Cristo pelo conhecimento dos pilares citados usando de maneira bem sucinta uma forte contra argumentando as teorias pagãs de sua época que deixavam as populações sem esperança, fé ou ânimo. A carta aos Tessalonicenses atravessou séculos e ainda hoje ecoa como um convite a todo o povo de Deus a não permitir que seus páreas tornem-se desanimados e afixados pelas velhas teorias pagãs que estão transvestidas em formatos contemporâneos. Vivemos em tempos que o transitório (busca de bens e prazeres) tem assumido mais e mais espaço nos corações daqueles que foram chamados para pertencer a seleta nação (cristãos) que crê na eternidade, e isto, tem causado grande preocupação aos defensores da fé. O pensamento mundano e a infecciosa doutrinação das filosofias e religiões por meios da mídia em geral inflamam a mente e distorcem as intenções e ainda tem gerado uma crise de identidade deslocando a visão que deve ser celeste para as belas paisagens (que em breve deixarão de existir) do período de peregrinação denominado vida terrena. O cidadão dos céus não deve esquecer que quem morreu firme no cristianismo em breve voltará a viver[2] e os que estão vivos e com a fé abalizada nas Escrituras Sagradas devem acreditar que não sofrerão o dano temporal da morte, pois, Jesus prometeu levar todos os seus seguidores para estar ao seu lado[3]. A pregação voltada para o céu não pode ter seu espaço diminuído pela ingerência das coisas passageiras... Jesus em breve voltará para buscar os seus... Ministros e todo aquele que verdadeiramente foi tocado pelo Calvário e hoje é um representante de Cristo (cristão) deve falar (pois o coração fala do que está cheio[4]) de sua esperança de vida eterna. Trocar o céu pelo terreno tem causado ruína espiritual a muitas pessoas e isto, não é o desejo do Senhor Espírito Santo que desde pentecostes tem conduzido a Igreja preparando-a para apresenta-la como uma Noiva imaculada a Cristo. A atualidade da alegria eterna está intimamente relacionada a crença na ressurreição e no arrebatamento, pois ressuscitar é seguir os passos do Senhor Jesus e também vencer a morte, – ser arrebatado significa unir-se aos ressuscitados para assumir o plano melhor[5] citado pelo escritor de aos Hebreus. Não percamos tempo, mas com unção e graça busquemos levantar caídos, empurremos adiante os que querem parar, façamos o que o versículo em tela nos diz: “animemos uns aos outros!”

SP, janeiro de 2016.



[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] João 11.25,26.
[3] João 14.02.
[4] Mateus 12.34
[5] Hebreus 11.40