Texto bíblico na Nova Tradução na
Linguagem de Hoje
Paulo Francisco dos Santos[1]
Não façam nada por interesse pessoal ou por
desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros
superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus próprios
interesses, mas também os dos outros.
Filipenses 2.03,04
A unidade cristã promove uma disposição especial de fazer com que a
pessoa que abraçou a fé em Jesus entenda que ela não vive mais no
individualismo que impera nos dias atuais, mas que agora faz parte do corpo de
Cristo e seu foco não pode e não deve ser buscar holofotes para si, pois os
ensinos bíblicos o direcionam a centrar esforços para que o Evangelho seja
conhecido e que a Igreja (reunião dos salvos) seja edificada através das
atitudes que promovem unidade, interação e comunhão. A expressão desejos tolos
é proposital e esclarecedora quando há uma reflexão sobre a busca de elogios ou
glórias terrenas que são a razão do aprisionamento de uma grande parcela desta
geração. Quem analisar cuidadosamente o modelo de vida seguido nesta época por
aqueles que podem receber o título de nativos virtuais[2]
entenderá que há uma busca exacerbada de reconhecimento de pessoas conhecidas e
acima de tudo desconhecidas e essa perseguição adquire uma forma incansável e
por vez incontrolável que quando não é alcançada por enes motivos provoca frustração e desejos que beiram o abismo da insanidade. Considerar os outros superiores não é viajar ao mundo da autocomiseração, mas em trocadilhos de
palavras reconhecer as limitações e entender que a unidade é mais importante e
mais gratificante do que qualquer ação centrada no ego e a junção da ação de
equilibrar os próprios interesses somando a importância dos interesses do
próximo ajuda o cristão a deslocar-se emocionalmente e espiritualmente ao
propósito divino de agregar cada participante da fé ao entendimento da cultura
da unidade e colaborar assim, para que o Reino dos Céus posso não só ser visto
aqui na terra, mas acima de tudo torná-lo acessível para quem hoje o vê como
uma incógnita. A vida revestida da humilde que o cristianismo prega como modo
de vida oferece os parâmetros corretos para deflagrar no meio cristão um ideal
tão poderoso que pode e irá impactar nosso século e mudar as histórias de
distância de Deus reescrevendo futuros incertos e tristes para a felicidade do
registro pessoal no Livro dos escolhidos[3]
para herdarem o mundo vindouro.
SP, Maio de 2015.
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