“No dia seguinte cedinho, o
empregado de Eliseu levantou-se e saiu de casa. Aí viu as tropas sírias com os
seus cavalos e carros de guerra, cercando a cidade. Então entrou em casa e
disse a Eliseu: – Senhor, nós estamos perdidos! O que vamos fazer? Eliseu
disse: – Não tenha medo, pois aqueles que estão conosco são mais numerosos do
que os que estão com eles. Então orou assim: – Ó SENHOR Deus, abre os olhos do
meu empregado e deixa que ele veja! Deus respondeu à oração dele. Aí o
empregado de Eliseu olhou para cima e viu que ao redor de Eliseu o morro estava
coberto de cavalos e carros de fogo.”
2 Reis 06.15-17
O desejo divino é que todos os que são
chamado tenham uma visão duplamente aberta e por isso, podemos ter no relato do
capítulo 6.8-23 do livro de 2 Reis uma demonstração de tal desígnio quando
lemos a história que envolve o exercito Sírio, Eliseu, seu empregado e o rei de
Israel. Está escrito que havia guerra entre as duas nações (Israel e Síria) e
como tática militar o rei sírio designava acampar em determinados lugares e
aguardava seu opositor com suas guarnições militares passar
para um confronto, porém Deus revelava os planos dele para o Profeta Eliseu que
debaixo das ordens divina comunicava ao rei de Israel. Já que seus planos eram
por diversas vezes frustrados o rei sírio alardeado por sua ótica humana pensou
que entre seus soldados houvesse um possível traidor e começou inquirir para
tentar descobrir, entretanto, entre esses mesmos soldados havia um que ouviu
relatos que existem homens que possuem mais do que uma visão humana, mas que
também conseguiam enxergar o sobrenatural e tinham uma visão espiritual, ou seja,
uma visão duplamente aberta e esclarece ao rei que o que esta acontecendo era
causado por um homem chamado Eliseu, profeta e dotado das duas visões. Diante
de tal informação o rei toma uma atitude drástica – prender Eliseu – e envia um
força tarefa (exercito) que cerca a cidade onde o profeta está e provoca o
temor em quem possui a fragilidade de ter apenas a visão terrestre – “o
empregado de Eliseu” – e nos fornece uma verdade contundente sobre o que é ter
uma visão limitada.
·
Ter visão limitada significa não possuir perspectiva;
·
É encontrar situações difíceis (tais situações são comuns durante nossa
vida) e não enxergar solução alguma;
·
É deixar de confiar em Deus quando o que se deve fazer é agarrar a fé;
·
É permitir o medo falar mais alto;
· É abafar a voz do Espírito Santo que diz: “Ei, eu estou aqui para te
ajudar. Não tenha medo!”
·
É aceitar a derrota sem ao menos buscar a face de Deus em oração;
·
Visão limitada é uma fraqueza humana.
Porém, Deus com atitude graciosa de
amor e bondade quer mudar nossa fragilidade e nesse afã levanta sempre um mentor
espiritual que realiza duas obras distintas – Ensinamento e Intercessão –, isso
mesmo, Deus coloca a pessoa certa para ensinar, pois a fé vem pelo ouvir (Rm
10.17) e juntamente com a oração (1 Tm 2.1) que tem poder (Tg 5.16) para mover
o coração divino contribuem para a oportunidade de ser aberta a visão que transcende
a comum. Abrir a visão espiritual do empregado de Elizeu foi o mesmo que
entregar as chaves de uma vida vitoriosa, pois a partir de então o sobrenatural
não era algo de se ouvir falar, mas uma experiência pessoal – e que experiência!
– que pode nos dá condições de analisar pontos importantes sobre a fé:
A visão duplamente aberta glorifica o
nome de Deus;
A visão terrestre é infinitamente
limitada diante da espiritual;
O milagre está próximo e não podemos
deixar a visão limitada impedir de vê-lo;
Não importa a quantidade de inimigos
quando se tem fé em Deus, pois ao nosso favor o exercito é maior;
A oração permite ver e receber o
milagre;
A visão duplamente aberta alcança um,
dois, três e quem permitir o toque do divino. As duas visões foram abertas na vida do empregado de
Eliseu, porém um exercito inteiro precisa enxergar
também, e não só esse exercito, mas as duas nações que estavam em conflito. Eliseu
orou para o empregador ver e depois orou para o exercito sírio ficar cego e os
levou para cidade de seus inimigos (Samaria) e o rei de Israel pleno de sua ótica
humana propõe imediatamente uma sentença de morte ao vê-los, porém para sua
surpresa e também do exercito inimigo de Israel, o profeta Eliseu com autoridade
divina ordena que se faça um banquete para os soldados, que além de terem a visão
física restaurada recebem a oportunidade de enxergar pela visão espiritual,
pois em vez de morte recebem comida (banquete) que simboliza uma aliança que
diz: “não precisamos ser inimigos” e demonstração de compaixão e paz. O relato
bíblico finaliza-se no verso 23 dizendo que o exercito sírio parou de atacar
Israel.
Uma visão duplamente aberta não só
busca a paz, mas trabalha por ela e a conquista. O cristão foi chamado para ter
essa visão e ela é dada ao que crê e faz a sua parte caminhando com fé e
permitindo ser ensinado e compartilhando aquilo que aprendeu. Medite nisso: “Deus
abriu a visão de Eliseu, que abriu a visão do empregado, que abriu a visão do
exercito sírio que abriu a visão do rei e do povo de Israel.”
Você pode compreender a extensão do seu
chamado?
Autor: Pastor Paulo Francisco
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