“A pessoa de mau gênio sempre causa problemas, mas a que tem paciência trás a paz.”
Provérbios 15.18
A procura da paz é por vezes algo que tem causado inúmeras frustrações e sua ausência é nitidamente um dos males que mais afetam nosso século e ao citar tal situação não estou simplesmente a dizer que está ocorrendo um conflito militar entre nações e não há paz, mas invisto na perspectiva que explora o interior da pessoa humana. Não há duvidas que Salomão foi investido divinamente com sabedoria para percorrer com intrepidez a natureza humana, mesmo antes de se ouvir falar de antropologia ou coisa semelhante ele pode ajudar esclarecer quais os fundamentos que dão origem a “problemas” que causam o vazio que nesta reflexão é denominado de “ausência de paz”. Meditar nas Escrituras Sagradas é ir além do comum e receber do céu a grata oportunidade de conhecer o manual de funcionamento do ser que foi criado do barro e agora pensa que pode viver independente de seu Criador. Provérbios deflagra a causa da oposição a paz e seu possível remédio mostrando que o mau gênio e os problemas estão tão intimamente ligados como o caráter paciente está unido a paz. O antônimo de bom que adjetiva a palavra gênio de forma negativa mostra que os problemas são oriundos de um caráter deturpado e emblemático. Como surge tal caráter? Romanos 3.23 mostra que a distancia de Deus é o ponto culminante que determina a prevalência do mau no âmago humano. Há pessoas que pensam que o mau está ao redor e isto é uma força que impulsiona a realização de coisas que tem o destaque de “problemas”, mas a pura realidade mostra que ele está tão perto que se situa no coração. Uma alma comprometida e distante de Deus é quem figura como causadora de problemas e o mau gênio é a fonte que gera tudo, pois é do coração que sai os males (Mc 7.20-23). Decidir causar problemas é externar que não há paz interior, ou seja, um turbilhão aterrador que envolve o gênio e tem seu espectro preso em aflições, males, doenças de alma, medos, desconfianças, mediocridade, inveja, maldições, tropeços, ódio, mentiras, independência, orgulho formando o que a sabedoria Salomônica descreveu como o mau. Séculos se passaram, mas o mau ainda está presente e vemos que em nossa sociedade o seu crescimento é algo de proporções alarmantes: “assaltos, sequestros, violências sexuais, morais e psíquicas, o ter em detrimento do ser, a busca desenfreada por fama e riquezas, o esfriamento do amor!” Mas como vencer tamanha e emblemática doença que se enraíza no coração humano? A resposta está na natureza divina que está distorcida e inerte no próprio ser humano. Quando Deus criou a raça humana a dotou de aparência semelhante a Ele (Gn 1.26), ou seja, a capacidade de refletir a essência divina através do seu ser. Infelizmente houve a queda de Adão e sua descendência, porém em Cristo os males podem ser sanados (Rm 3.24-26), ou seja, ter paciência dentro de uma amplitude bíblica maior é mais do que não se irritar facilmente, mas ser revestido de uma nova natureza (Ef 4.24) que pode e proporciona a vinda da paz. Jesus disse: “Deixo com vocês a paz. É minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo.” (Jo 15.27) O caráter de quem recebe o evangelho é transformado, curado e conduzido a uma nova realidade: Anunciador da paz (Is 52.7; Lc 1.79; Mc 16.15), ou seja, anteriormente era alguém que a procurava, mas agora que em Cristo já a encontrou também ajuda outros a encontrarem, pois tem prazer em compartilhar a benção que a “PAZ” é e representa. Em suma o que o Espírito Santo desvenda nessa reflexão é que: “Hoje a procura desesperada da paz está ligada a distancia de Deus!”
Autor: Pastor Paulo Francisco
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