sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Sedentos em meio a uma aparente fartura

Nova tradução na Linguagem de Hoje

O último dia da festa era o mais importante. Naquele dia Jesus se pôs de pé e disse bem alto: – Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
João. 7.37

O Mestre dos mestres conclama a uma multidão que quem possuir sede pode sacia-la vindo até Ele e o texto que dá base à reflexão “Sedentos em meio a uma aparente fartura” entre linhas mostra o estado de todas as pessoas que vem ao mundo – “SEDE” – e é uma sede espiritual que somente pode ser saciada em Cristo. Vemos que Jesus ao lançar o chamado aos sedentos disponibiliza as pessoas de todos os tempos (em especial os da nossa atualidade) a possibilidade de saciar os anseios mais íntimos de sua alma que só em Deus terão alivio, pois apesar do homem moderno ter tantas coisas para ocupar seu dia e tentar tapear seu constante vazio o que ele tem vivido é uma espécie de “estado de inanição espiritual”. Os dias de hoje são marcados por uma aparente fartura que tenta matar a sede que só em Jesus há solução. Neste momento surge à pergunta que não quer calar no interior de quem trilhas estas linhas – Mas que aparente fartura é essa que tenta roubar o lugar de Jesus? – essa aparente fartura envolve a busca dos prazeres, a busca das realizações pessoais e a constante negação da necessidade de Deus que demonstra uma egolatria desvairada, fútil e destrutiva. Hoje há fartura para os sentidos[1] (mídia, jogos, shows, espelhos, culinária, sexo etc) e até ao intelecto é oferecido tanta distração que aparentemente o ser humano já tem tudo que precisa, porém, não há como correr o dia todo... Não há como distrair a mente o tempo todo... E ai chega o momento que ninguém quer encarar e o inevitável acontece – o grito da alma que vem a tona e mostra que a aparente fartura do transitório mundo atual não sacia sede coisíssima nenhuma! – “ESTOU SEDENTA!” – A alma brada. E como um viciado que sofre de abstinência busca refugio no seu vicio a alma irá tentar na aparente fartura saciar-se diversas vezes, mas continuará gritando sempre que está com sede. Jesus sabe disso e viu este dilema naquelas pessoas em que dirigiu a frase de João 7.37 e num gesto de nobreza divina colocou a disposição delas a possibilidade de calar o grito da alma sedenta oferecendo a água que sacia a sede interior de toda a humanidade. A presença divina que é oferecida por Cristo através do Evangelho restaurador é a água que sacia esta sede. A restauração da comunhão com o Criador pelo sacrifício de Jesus no calvário sacia a sede. A paz que advém da reconciliação pela fé e o estabelecimento da amizade com Deus é água que sacia a sede e dá a alma a verdadeira fartura que o transitório não consegue oferecer. Ao ter acesso as palavras de Jesus só permanece sedento quem quer! Lembre-se de que Jesus disse: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” – está verdade ninguém pode destruir ou mudar e ao conhecê-la a inteligência mostra apenas um caminho... Ir até Jesus e beber... Qual é a sua escolha?


Autor: Pastor Paulo Francisco[2]





[1] Audição, visão, palato, tato e olfato.
[2] Escritor, poeta, Bacharel em Teologia e Direito.


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