“As palavras do falador ferem como
pontas de espada, mas as palavras do sábio podem curar.”
Provérbios 12.18
A milênios a trás a
sabedoria Salomônica detectou um antagonismo digno de reflexão que apesar do
transladar dos tempos ainda permeia nossos dias e que está presente em toda
sociedade moderna. Abordar o assunto uso de palavras é complexo e requer uma
ampla visão, ainda mais se quem o abordar buscar condensar o que sem duvidas
iria facilmente encher uma variedade de folhas que formariam um livro. Assim,
vemos este provérbio afirmando que palavras são virtudes e o falar é uma
maravilhosa dádiva que o magnífico e soberano Deus premiou o ser humano, mas há
também neste versículo a afirmação que elas podem ferir despertando uma visão
de um possível conflito? Na verdade não há conflito quando observamos que o
problema não está na palavra em si, mas no seu uso, pois ferir ou curar são
ações que estão nas mãos de quem a utilizar. Que poder tem o ser humano! As
palavras são poder! Ferir e curar são opções que devem ser refletidas antes de
soltar as palavras que estão presas no coração. Salomão chama aquele que
desperdiça as palavras de falador, ou seja, alguém que não tem auto controle,
não sabe dosar palavras, não pensa antes de falar e que pode também ser
classificado como desequilibrado tagarelador e alguém que faz da prolação uma
aventura sádica e cruel. Comparar
palavras a pontas de espadas que ferem é afirmar que tal assertiva convoca cada
pessoa a ter cuidado, ser ponderada e criteriosa ao falar, pois nosso querido
Mestre Jesus disse: “Eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, cada pessoa
vai prestar contas de toda palavra inútil que falou. Porque as suas
palavras vão servir para julgar se você é inocente ou culpado. (Mateus
12.36,37)” – ferir não significa apenas fazer o outro sofrer, mas haverá
num futuro um prestar de contas que trará um terrível juízo sobre quem empregou
mal o dom que recebeu de Deus. Infelizmente vivemos em um mundo em que feridas
são freqüentes e os causadores se multiplicam, porém na contramão do mau
administrador está o sábio que é assim chamado por saber usar as palavras, por
ser equilibrado, ter temperança e por fazer da dicção a oportunidade de curar.
A palavra cura quando debaixo da unção divina fornece ao ser humano repreensão,
exortação, consolo e edificação dando a oportunidade de ser moldado e
abençoado. Usar bem a palavra é emprestar a Deus os lábios e transmitir vida
curando as dores do coração... da alma... do ser... Realmente a Palavra cura!
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