segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Senso de Direção


Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

“Jesus respondeu: – As Escrituras Sagradas afirmam que o ser humano não vive só de pão.”

Lucas 4.04


No épico encontro entre Satanás e Jesus, o Filho de Deus, Salvador e Rei do Universo temos uma poderosa lição. Num momento de fragilidade, após decorridos quarenta dias de abstinência de alimentos e água (jejum sobrenatural) Jesus, humano e totalmente dependente da orientação do Espírito Santo é tentado a usar sua posição na Trindade para postergar a situação caótica da humanidade, mas obediência, amor e firmeza são virtudes inerentes no Mestre que lhe deram as condições de escolher as sábias palavras do livro de deuteronômio[2] para imprimir um contrata ataque a argumentação distorcida e manipuladora do inimigo. Transformar pedras em pães podiam saciar a fome de Jesus, mas também lhe retirariam do propósito de jejum para obedecer a sugestiva afirmação de que Deus não estava no controle e que naquele momento era mais importante se alimentar do que continuar buscando a presença do Eterno. Satanás não esperava que as Escrituras Sagradas estivessem vivas no coração de Cristo, pois, a debilidade causada pela falta de nutrientes em seu ver fariam o Filho de Deus fraquejar em sua missão, mas a resposta calou-o e demonstrou que é possível manter-se fiel ao Altíssimo. Adão pecou e caiu, mas Jesus recusou errar e permaneceu fiel e por isso, conquistou a salvação para toda pessoa que nEle crê. O pão que traz uma nítida alusão as necessidades básicas de cada ser humano é importante, pois é uma criação divina, porém compreender que a criação não é superior ao Criador deve ser uma certeza que responde toda e qualquer questão que envolve a eternidade e o senso de direção que deve ser seguido. O alimento físico perpetua a vida transitória que por mais força e vigor que possua quase não ultrapassa aos cem anos (estou sendo generoso), mas o alimento espiritual que parafraseando os dizeres de Jesus no versículo em tela é a Palavra de Deus estabelece a vida eterna. Quando Deus fala e o ser humano absorve suas palavras acontece o extraordinário e incomparável momento que concede vida espiritual ao seu ser e é possível ver na transcrição dos discursos do Mestre essa verdade – O Espírito de Deus é quem dá a vida, mas o ser humano não pode fazer isso. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida,[3] – juntamente com a afirmação – Eu não tenho falado em meu próprio nome, mas o Pai, que me enviou, é quem me ordena o que devo dizer e anunciar.[4] – Alimentar-se do pão chamado Palavra de Deus concede a pessoa que crê o senso de direção que o leva a Salvação e o desfrutar de uma comunhão tão profunda que se eterniza, pois, apesar de seu início ser no mundo passageiro o poder que emana dela irá prolongar o relacionamento vertical entre o crédulo e o divino no lugar que os profetas chamam de mundo vindouro. Ter senso de direção significa alimentar-se da Palavra de Deus, ou seja, crer e segui-la! Jesus usou o poder da Palavra de Deus para derrotar Satanás e os seus seguidores também podem e devem fazer o mesmo. A Palavra de Deus capacita cada discípulo a não somente vencer as forças espirituais da maldade, mas, o mundo transitório[5] e a si mesmo. Por isso, jamais deixemos de alimentar-se diariamente dela!




SP, fevereiro de 2016.



[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Deuteronômio 8.03
[3] João 6.63
[4] João 12.49
[5] 1 João 5.04,05: “porque todo filho de Deus pode vencer o mundo. Assim, com a nossa fé conseguimos a vitória sobre o mundo. Quem pode vencer o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus.



domingo, 21 de fevereiro de 2016

Construtora Celeste

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

“Vocês são como um edifício e estão construídos sobre o alicerce que os apóstolos e os profetas colocaram. E a pedra fundamental desse edifício é o próprio Cristo Jesus.”

Efésios 2.20


As mãos do Criador estão em ação! Paulo, apóstolo dos nãos judeus e participante da glória manifestada pelo Evangelho a toda humanidade, ensina no versículo em tela que há individualmente e coletivamente na cristandade uma obra sendo realizada pelo Eterno. Comparar os participantes da fé com um edifício é demonstrar que aprender e tornar-se uma pessoa moldada nos padrões bíblicos não é algo que acontece instantaneamente como num passe de mágica, mas que exige tempo, ou seja, a disposição natural dos acontecimentos que todo ser humano está sujeito. Não é possível construir um edifício em apenas um dia, mas é um processo que leva vários dias ou vários meses, e dependendo da situação até anos. O começo de tudo é o alicerce e sem ele, um edifício não tem a firmeza necessária e com certeza irá desmoronar. Ao falar sobre o cristianismo e o processo de edificação espiritual, Paulo, alerta que o alicerce colocado pelos apóstolos e profetas chama-se Jesus Cristo, o Senhor do Universo e é Ele que dá base sólida para que toda construção posterior (amadurecimento na fé) ocorra com perfeição. Em Hebreus 12.02[2] vemos a afirmação do escritor que é em Jesus que a fé se inicia e é aperfeiçoada, ou seja, Ele é o alicerce firme em que se pode construir com os ensinamentos bíblicos uma nova pessoa que assume a postura de filha de Deus e herdeira da vida eterna. Ao refletir sobre a construtora celeste tenho pensado sobre a ação do Senhor Espírito Santo que tem convencido[3] cada cristão da necessidade de salvação e o trabalhar continuo desde sua conversão até o aperfeiçoamento na fé. Assim como uma construtora emprega diversos aparatos para realizar um projeto (maquinas, funcionários, matérias etc), o Senhor Espírito Santo também o faz na vida daqueles que foram chamados para seguir ao Senhor Jesus. A leitura diária da Bíblia juntamente com as ministrações individuais no discipulado, e as ministrações nos cultos são como tijolos que vão erguendo o edifício espiritual. O despertamento para orar sozinho com Deus ou na reunião coletiva da irmandade é uma espécie de massa para dar liga para os tijolos anteriores. O acabamento é o resultado da perseverança e dedicação. A renúncia e o constante policiamento da nova vida são condições comparadas com a assiduidade e compromisso que todo empregado da construção civil deve ter. Maquinas pequenas ou grandes estão em ação do começo ao fim de toda a construção e ao olharmos para a edificação cristã podemos ver tanto as pessoas (servas de Deus) como anjos empenhados e ajudando do começo ao fim o aperfeiçoamento no Evangelho. Até mesmo as dificuldades e aflições que surgem nesta vida não são de todo ruins... pense bem... numa construção acontecem transtornos e conflitos que devem ser resolvidos, pois ninguém esquece do que já foi feito e resolve destruir toda a edificação por causa de coisas que podem ser solucionadas (por isso, você nunca deve desistir), assim deve ser também na edificação de toda vida espiritual, porque aflições neste mundo[4] foram vaticinadas pelo Senhor Jesus, mas quem tem fé irá vencer em Cristo[5]. A construtora celeste que é gerenciada pelo Senhor Espírito Santo está em uma obra maravilhosa na vida de toda cristandade e também na sua e isto é, algo fenomenal e glorioso, pois é momento de refletir que não se deve desanimar e compreender que tudo ocorre para o bem daqueles que amam a Deus[6] reconhecendo que sempre Ele está no controle de tudo.


SP, fevereiro de 2016.



[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz e agora está sentado do lado direito do trono de Deus.
[3] João 16.08:  Quando o Auxiliador vier, ele convencerá as pessoas do mundo de que elas têm uma ideia errada a respeito do pecado e do que é direito e justo e também do julgamento de Deus
[4] João 16.33: Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo.
[5] 1 João 5.04,05: porque todo filho de Deus pode vencer o mundo. Assim, com a nossa fé conseguimos a vitória sobre o mundo. Quem pode vencer o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus.
[6] Romanos 8.28: Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano.



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A multiplicação da luz

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

“Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.”

Mateus 05.14


O sermão do monte é um referencial para todos os cristãos. Jesus, o Mestre dos mestres por excelência disciplinou ensinos que ecoam pelos séculos e trazem o conhecimento que ilumina as trevas de toda humanidade. O texto que da base a esta reflexão expõe a posição privilegiada do cristão e o destaque que pertencer a fé proporciona, pois este assume o papel de iluminar (ser luz) e sua fé é comparada a uma cidade construída em um alicerce firme (monte, rocha que significa Jesus Cristo). Toda pessoa cristã tem um status que lhe impõe uma grande responsabilidade, pois ser luz significa ser um instrumento que dissipa a escuridão, ou seja, que revela a verdade quando a mentira parece triunfar. O mundo precisa de luz... A escuridão impede uma caminhada segura. Alguém pode dizer que pessoas cegas vivem em tese na escuridão e caminham bem, mas o caminhar bem só é possível se elas aprenderem a desviar de obstáculos, decorar rotas e etc, e isto, dá-nos o entendimento que a escuridão proporcionada pela perda da visão é suplantada pela luz do conhecimento que lhe permite caminhar.   Entender a importância de ser luz concede aos cristãos a disposição necessária para enveredar-se na grande comissão e levar ao mundo a iluminação que vem do Evangelho para livra-lo da destruição. Antes da vinda de Jesus o mundo tinha apenas o brilho da antiga aliança que proporcionava uma luz aos descendentes de Abraão e ofuscava apenas alguns não judeus, porém o advento do Evangelho Redentor marcou um tempo novo na história de toda humanidade, pois a partir da chegada da Igreja de Cristo houve a multiplicação da luz. Mateus[2] parafraseando Isaías disse sobre Jesus nosso querido e amado Salvador e a mensagem de fé que muda as pessoas distantes de Deus o seguinte: “O povo que vive na escuridão verá uma forte luz! E a luz brilhará sobre os que vivem na região escura da morte!” A partir daí o mundo deixou de ser dominado pela escuridão e passou a receber a luz de Jesus Cristo que capacitou sua Igreja para também transmitir essa luz. Podemos entender que houve uma multiplicação da luz quando os discípulos receberam a ordem de anunciar o Evangelho a todos os povos[3]. Isto aconteceu porque aqueles que seguem o Senhor Jesus compartilham aquilo que receberam e consequentemente colaboram para o aumento da disponibilidade da iluminação doada pelo Evangelho. Quem recebe luz tem capacidade de transmitir luz, ou seja, não somente é iluminado, mas ilumina também. “Viver a fé em Cristo é permitir que a luz do Salvador possa brilhar através de si para iluminar o mundo que está na escuridão!” Assim, podemos finalizar essa reflexão entendendo que todos os cristãos devem estar orando e colaborando para que continue havendo a multiplicação da luz, pois quando ela chegar a todos então chegará o fim[4] da trágica derrocada adâmica e o início da eternidade preparada para os iluminados pela graça salvífica de Jesus Cristo, nosso Senhor!




SP, fevereiro de 2016.



[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Mateus 4.16
[3] Mateus 28.19,20.
[4] Mateus 24.14


domingo, 7 de fevereiro de 2016

O futuro chegou!

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

As pessoas dos tempos futuros o servirão e falarão às gerações seguintes a respeito de Deus, o Senhor.

Salmos 22.30


O futuro chegou! Exclamação que enche o coração de alegria, pois ao refletir no Salmo em tela, o Senhor Espírito Santo leva-me ao entendimento que faço parte de uma profecia[2] antiguíssima juntamente com todos os que foram convidados a participar do Reino dos Céus. Quando o Escritor do Salmos 22 expõe que pessoas dos tempos futuros servirão ao Deus de Israel está em seu original fazendo uma referência a descendência[3] Hebraica, porém para a cristandade cabe também tal promessa, pois por meio de Jesus cada cristão se torna herdeiro das promessas Abraâmicas. Após a chegada do Messias e a proliferação da mensagem redentora do Evangelho inumeráveis pessoas deixaram as trevas, na verdade, foram transportadas[4] (trazidas em segurança) para o Reino da luz que também é o Reino do seu Filho amado[5]. A tradução NTLH fornece um vislumbre do que é pertencer ao futuro, mas também viver a profecia vaticinada no Salmo, pois concede aos leitores o entendimento de que servir a Deus foi algo que Ele próprio já havia preparado para seus escolhidos realizarem e também falarem. Em relação a Davi quem vive no ano de 2016 é uma pessoa do futuro e pode compreender quão grandioso amor lhe foi reservado, pois servir a Deus é uma honra sem igual e, poder compartilhar com outras pessoas o conhecimento que quem quiser pode receber também tal honra é motivo de alegria inefável. Pertencer a um futuro que em breve abraçará o “status” de passado não diminui o privilégio de viver o poder da Palavra de Deus que mostra a mensagem da Cruz por meio da ótica evangelística lançando um desafio que nesses dois mil anos históricos e inigualáveis da Igreja de Cristo não tem sido omitido por todas as pessoas que foram, que são ou que serão “pessoas dos tempos futuros” que serviram, servem ou servirão e que também falaram, falam ou que falarão da prerrogativa de servir a Deus. Para nós, caminhantes do tempo presente, que também levamos sobre os ombros o codinome de “pessoas dos tempos futuros” não só reconhecemos o apanágio[6] da virtude de servir, mas também proclamamos para as nações que está disponível a todos a oportunidade de ser participante da família Celeste. Redundância? Não. Na verdade, consciência perspicaz e amadurecimento que conduz aos átrios da verdadeira adoração e dedicação que somente quem realmente entende quem é pode viver e compartilhar.  Já que o futuro chegou não deixemos o legado recebido de lado, mas antes, continuemos fornecendo as gerações seguintes as informações necessárias para que elas recebam o bastão de “pessoas dos tempos futuros”! E aí!? Você está disposto (a) a passar o bastão?


SP, fevereiro de 2016.


[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Profecia neste contexto refere-se à antecipação dos acontecimentos sobre o Evangelho e salvação das nações e que foi escrito milhares de anos a sua realização.
[3] Pode ser traduzido também por semente ou prole.
[4] Transportar ou ser trazida declara que Deus fez essa ação, ou seja, não é a ação ou força humana que oferece condições das pessoas saírem da escuridão, mas o poder divino que realiza tal feito.
[5] Colossenses 1.12,13: “E agradeçam, com alegria, ao Pai, que os tornou capazes de participar daquilo que ele guardou no Reino da luz para o seu povo. Ele nos libertou do poder da escuridão e nos trouxe em segurança para o Reino do seu Filho amado.
[6] Apanágio significa qualidade, propriedade, característica, condição, atributo, privilégio, honra, vantagem ou proteção. 
  





domingo, 31 de janeiro de 2016

Espelho, espelho seu!

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito.

2 Coríntios 3.18


O cristão é um espelho! E para que serve um espelho? “Para refletir!” O ser humano originalmente refletia a glória de Deus, mas a queda – a infeliz história do Éden – trouxe a raça humana a perca dessa virtude. Refletir ao Senhor era uma virtude inerente dos pais que consequentemente os filhos herdariam... A realidade durante muitos anos foi dura, triste e cruel, porém Cristo Jesus veio e solucionou o dilema iniciado pela errônea escolha de Adão doando vida as pessoas que creem e também a restauração da virtude de refletir. Isso significa que todo cristão pode bradar: “Sou um espelho, espelho seu, Senhor!” O mundo atual está mergulhado na escuridão[2] e precisa da glória que vem do Senhor e que somente pode ser vista através dos seus espelhos que por meio do Evangelho assumiram a tarefa de espalhar essa glória até os lugares mais distantes dele[3]. Quem olha para o cristão deve enxergar a Cristo! Entretanto, se ao olhar uma pessoa que diz seguir a fé e enxergar nela o antepassado que permitiu a entrada do pecado no mundo, podemos concluir que o cristianismo que essa pessoa professa é apenas a adesão de uma simpatia sem ação, ou seja, admirar, gostar ou dizer que o Evangelho é correto não é a mesma coisa de seguir, praticar e vive-lo. Ser um espelho é muito mais do que cantar bonito, que bater carteirinha em cultos ou desfilar com um broche ou camisa que declare que se pertence a fé cristã. Um espelho perde a função se não consegue claramente refletir a imagem que está em sua frente e isso, significa muito para todos aqueles que decidiram entregar seus caminhos ao Eterno Salvador, pois Ele alertou a seus discípulos que segui-lo significa renunciar a si mesmo[4], ou seja, deixar de refletir pensamentos, palavras, costumes e ações da natureza humana caída. Ser um espelho não uma simples questão de escolha, mas a única decisão que a pessoa cristã deve seguir, pois não há espaço no Reino Celeste para quem não reflete a glória de Deus... O apóstolo Paulo discursa de forma inequívoca que nós não podemos esconder quem somos, pois ao olhar para a face de cada cristão é Jesus quem deve ser identificado. O Espírito Santo é o agente que trabalha de uma forma maravilhosa na vida de cada um, ou seja, individualmente e também em toda a coletividade cristã, que conhecemos bem pela denominação de “Igreja” ou “Corpo de Cristo”. Quero destacar os verbos “ficando e tornando” que expressam uma ação continua para que aqueles que foram adotados como filhos se pareçam com o Senhor. “Aleluias!” A cada dia que permaneço na fé e permito que o Espírito Santo molde meu ser posso receber a oportunidade de ampliar a virtude de refletir o Senhor em minha vida e continuar a feliz exclamação: “Senhor, eu sou um espelho, espelho seu!”


SP, Janeiro de 2016.



[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Colossenses 1.13; 2 Pedro 1.19.
[3] Marcos 16.15; Atos 1.8.
[4] Marcos 8.34,35.


domingo, 24 de janeiro de 2016

Família. “Modelo humano ou divino?”

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

... Porém eu e a minha família serviremos a Deus, o Senhor.

Josué 24.15 (Parte final)


A família é uma ideia divina. Deus cria a família para ser bênção e fomentar uma sociedade que deve espelhar o Céu aqui na Terra. Os planos divinos tiveram quer ser adiados pela equivocada decisão Adâmica que jogou toda sua descendência a propositura de uma vida distante do Criador, de um desequilíbrio estabelecido pelas influências demoníacas e uma constante deterioração da estrutura familiar original. Milhares de anos após a queda o ser humano continua enfrentando dilemas e sofre pela distância de Deus. A família também sofre! O grito de mudança sobre uma estrutura anterior ao surgimento do Estado e mais precisamente de toda e qualquer sociedade tem gerado preocupação a todos aqueles que levantam a bandeira do Evangelho. Vivemos nos dias que proclamam o final dos tempos. Já não basta viver num modelo de família diferenciado do padrão estabelecido por Deus, mas há uma tendenciosa ação para mudar a família alheia, ou melhor, transformar a família cristã e toda a estrutura conceitual dos seguidores das Escrituras Sagradas. Ouvimos brados: “Os cristãos são intolerantes!” – “A família em sua forma atual proclama o ódio!” – “Dia das mães ou dia dos pais são uma afronta a dignidade da pessoa humano!” – argumentos baseados num discurso transvestido de beleza que na verdade é uma grande mentira –  “O conceito de família tradicional é uma maneira da maioria oprimir a minoria que é contra!” – Onde vamos parar!? “Devemos parar de dizer mãe ou pai, pois a palavra responsável é melhor maneira de agradar a todos!” – A todos quem? Sou pai e amo ser chamado assim e acredito que a grande maioria das pessoas nessa nação compartilham da importância do significado de ser pai ou mãe. Formo com minha esposa e filhas uma família tradicional e não tenho a pretensão de mudar e discordo totalmente de ações estatais para querer interferir nela. Neste país não existem leis que proíbam relacionamentos diferenciados e muito menos há ações cristãs ou discurso de incentivo ao ódio contra a formação de tais núcleos, mesmo porque quem segue a Cristo prega  e vive o amor. “Viver o amor cristão não significa concordar com tudo!” Não podemos abraçar a falsa ideia do politicamente correto e buscar neutralidade num assunto como este, pois quem é contra o que a Palavra de Deus ensina é contra também a cristandade. Não podemos cruzar os braços e permitir o esfacelamento da família diante de pessoas que querem erguer como um troféu a zombaria de interferir na vida pessoal e familiar da comunidade cristã. A família é uma instituição que não pode ser modelada ao formato de leis humanas por ser anterior a qualquer lei terrena. O modelo divino sempre estará à frente das ideias anárquicas e diabólicas daqueles que estão presos a rebelião de Adão e não querem aceitar a proposta restauradora do Evangelho de Jesus Cristo. Josué, o grande general de Israel, finaliza sua carreira com um discurso impressionante no capítulo vinte e quatro do livro que leva seu nome, do qual tomei emprestado o versículo em tela para meditar nesta reflexão. A liberdade de escolha é nitidamente conhecida na expressão – “Porém eu e a minha família serviremos a Deus, o Senhor.” – que revela o livre arbítrio deste pai de família, após dizer ao povo para que eles escolham se vão ou não servir a Deus. Seguindo os passos de Josué posso afirmar que para mim eu escolho também o modelo divino em vez do humano. Sei que quem verdadeiramente segue os princípios bíblicos também escolherá Deus. E quem não quer segui-lo? Simplesmente não deve seguir. Não há problema, desde que não se queira interferir na vida de quem segue o padrão estabelecido por Deus[2]. Estamos num país que diz que todos têm o direito de escolher a religião, a posição intelectual e filosófica que quiser. Se existem bandeiras sendo levantadas para destruir o conceito judaico-cristão de família é necessário, e também um direito, ser levantadas todas as bandeiras para conclamar que a família é um modelo divino e não pode ser mudada. Que esta nação possa ouvir numa só voz de todas as famílias cristãs: “A minha família não será alvo de leis estatais que querem roubar nossa liberdade! Eu e minha família dizemos não ao modelo humano! Eu e minha família serviremos a Deus, o Senhor! A minha família segue o modelo estabelecido por Deus!”


SP, Janeiro de 2016.





[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Não estou entrando no mérito de salvação ou na visão bíblica de certo ou errado.


domingo, 17 de janeiro de 2016

Resultado do discipulado: “Altura espiritual de Cristo”

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

Então não seremos mais como crianças, arrastados elas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamento de pessoas falsas. Essas pessoas inventam mentiras e, por meio delas levam outros para caminhos errados. Pelo contrário, falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo até alcançarmos a altura espiritual de Cristo, que é a cabeça.

Efésios 4.14,15


O Senhor Espírito Santo está preparando o crente em Cristo Jesus para algo especial que está descrito nos versículos acima, ou seja, como chegar a altura espiritual do Mestre. Amadurecimento, ser adulto ou ainda refletir o Salvador são palavras que declaram que o cristão não é mais alguém que não consegue ter discernimento, mas que sabe o que quer e o que faz – “seguir o Evangelho”. Os primeiros passos no trilho do cristianismo revelam não somente o início da fé, mas uma trajetória de investidas do inimigo querendo retirar do cristão aquilo que ele tem recebido – Salvação. Quantas pessoas que recebem o chamado, mas desanimam no decorrer da caminhada? Infelizmente não são poucos, pois as Escrituras Sagradas dizem que muitos são convidados e poucos escolhidos[2] e isto, revela a seriedade do ensino e discipulado. Crescer na fé significa uma ação do Espírito Santo que conta com a colaboração de quem recebeu o Evangelho e também de quem está compartilhando-o. Para não ser influenciado por pessoas que inventam mentiras é necessário conhecer a verdade e isso, é possível quando quem a conhece a verdade também a ensina. Discipular é uma virtude que Deus entregou a sua igreja. Para entender o princípio do Discipulado é necessário olhar para o início da vida. Deus doou de sua vida para que Adão e Eva tivessem vida. Os primeiros humanos receberam de Deus a capacidade de gerar vida, ou seja, Adão e Eva receberam vida e por isso, podem conceder vida que é o que conhecemos como concepção ou nascimento. O Evangelho faz a mesma coisa. Jesus ao vir ao mundo trouxe vida que foi transmitida aos seus discípulos que a retransmitiram para outros discípulos e que chegou até nós nos dias atuais. Quem recebe a vida que vem de Cristo e nasce espiritualmente precisa de cuidados. Alimento espiritual é a Palavra de Deus e juntamente com oração, jejum e uma vida dedicada o cristão irá crescer até atingir a altura espiritual de Cristo com o apoio do pai espiritual chamado discipulador. O discipulador deve ensinar (falar a verdade com espírito de amor) aquilo que aprendeu retransmitindo a vida que flui de Cristo, a cabeça da Igreja e aquele que direciona todas as suas ações e assim, podemos ver que o resultado do discipulado eficaz é colaborar para que o discípulo possa chegar a altura espiritual de Cristo.


SP, Janeiro de 2016.




[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] Mateus 22.14.


domingo, 10 de janeiro de 2016

“A atualidade da alegria eterna” - Parte 02

Texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Paulo Francisco dos Santos[1]

 Então nós, os que estivermos vivos, seremos levados nas nuvens junto com eles, para nos encontramos com o Senhor no ar. E assim ficaremos para sempre com o Senhor. Portanto, animem uns aos outros com essas palavras.

1 Tessalonicenses 4.18

Ser levado com os ressurretos deve ser a expectativa de todo o cristão! Quantas vezes você já ouviu algum cristão se expressar que tem essa esperança? Se a resposta for várias vezes, você está em meio a uma sólida cultura cristã, mas se houver uma triste negativa a tal pergunta é necessário haver um retorno urgente aos princípios bíblicos. Tempos finais são uma das definições para os dias em que vivemos e esperar o arrebatamento configura para a cristandade um forte indício de saúde espiritual, pois o encontro com o Senhor concede motivação e uma favorável dedicação. “TER” não é o foco cristão, mas “SER”, e os integrantes do seleto grupo (deve ser toda pessoa que foi chamada a fé) que crê na iminente volta do Mestre para buscar seus seguidores não irá se preparar, pois já está preparado e ansioso deseja ouvir o comando que o fará deixar este mundo transitório, que o recepcionou por um período de tempo. Tal crença deve ser atualíssima e sua existência impulsiona uma alegria que se inicia aqui, mas que se estende pela eternidade. Alegria é uma palavra que não somente define um estado de espírito humano, mas que transmite o que será o repaginar da vida terrena quando comparada com a vida eterna vaticinada por Cristo[2]. O céu, lugar não apenas da habitação de Deus, mas codinome do estado permanente dos salvos, tem como escopo maior revelar as pessoas que a alegria não possuirá altos e baixos, mas será uma realidade inequívoca que jamais passará. Falar de um futuro maravilhoso como este, estando neste mundo que tem suas diversas fraquezas parece uma ação utópica, porém não para o cristão, pois ele não anda por vista, mas por fé. Essa fé concede base para que a atualidade da alegria eterna não seja apenas um sonho, mas uma realidade que a cada dia é fortalecida pelo Senhor Espírito Santo que guia cada cristão neste mundo e prepara-o para o dia inusitado do encontro com o Senhor Jesus. Não é possível para o salvo estar preso neste mundo e amando tudo que nele há acima do amor a Deus e sua verdade. Tal fato, enseja um repensar para cada cristão, pois o dia do encontro com o Senhor (salvação) está mais próximo do que quando recebemos a fé[3], e isso, implica dizer que somente é possível desfrutar da alegria que se inicia aqui com a aceitação do chamado para ser filho de Deus e também lá (céu), se não houver abandono da crença na promessa que esta as portas de se cumprir. Por isso, quem está desanimado deve ser animado pela promessa e cada cristão é responsável em contribuir para que esse ânimo possa invadir o âmago e gerar a expectativa que sempre permeou a vida cristã nestes dois mil anos de história. Após analisar os versículos em tela é possível chegar a uma premissa que cada cristão não pode abandonar, mas aplicar diariamente: “Continuemos então envolvidos na grande comissão e jamais deixemos de animar uns aos outros!”

SP, janeiro de 2016.




[1] Pastor, escritor, poeta, Teólogo e advogado.
[2] João 3.16
[3] Romanos 13.11