Texto bíblico na Nova Tradução na
Linguagem de Hoje
Paulo Francisco dos Santos[1]
Tu és o meu Deus. Tem
compaixão de mim, Senhor, pois eu oro a ti o dia inteiro! Ó Senhor, alegra o
coração deste teu servo, pois os meus pensamentos sobem a ti!
Salmos 86.03,04
Orar conduz a vitória! Quem não quer abraçar o almejado momento de
triunfo? Todavia, para quem entende o que significa entrar na presença do Altíssimo
escolherá sempre o caminho da adoração... Não há como passar um período razoável
diante de Deus e não adora-lo... Isso mesmo! Não é possível adentrar nos átrios
da oração apenas para pedir e pedir e também pedir... Faz-se necessário
entender que apesar do Senhor da Glória querer ouvir as súplicas de seus filhos,
Ele não quer somente ouvir pedidos de uma espécie de reprodutor sonoro com
defeito que está emperrado em apenas uma pequena sequencia repetitiva, mas Ele
quer uma conversa viva e com sentido. Alguém já teve a experiência de conversar
com alguém que não sabe falar mais que uma frase? Rezar é mais ou menos
assim... Imagine-se conversando com uma pessoa que repete constantemente a
frase: “Bom dia! O sábado está lindo e estou muito bem!” Você encontra com ela
diz: “Bom dia, tudo bem?” Ela responde o que já está escrito. Ai surge a
pergunta: “E sua família como está?” Imagine a mesma resposta... Você vai
estranhar, pois não tem nexo a resposta que você recebeu. Imagine ainda que você
pergunte: “Aonde você está trabalhando?” E surge a mesma frase. Neste momento há
apenas uma conclusão: “O receptor não sabe se comunicar!” Não devemos se
colocar diante de Deus e ficar lançando frases pré-montadas repetidamente, pois
isto não caracteriza-se em um diálogo com o Divino, mas numa busca unilateral
que desagrada-o (lembre das palavras de Jesus em Mateus 6.07,08). Cada momento
de oração exige um diálogo diferente, assim como cada conversa entre pessoas exige
seu próprio diálogo. O salmista tem o conhecimento e a comunhão que o
impulsiona a ter uma oração que podemos classificar como uma empolgante
conversa entre um adorador e seu Deus. Após as súplicas iniciais ele começa o versículo
três exaltando o Senhor afirmando que sua fidelidade e seu amor pertencem a
Ele, pois não existe outro em sua vida que seja reverenciado... Lembre-se que o
salmista afirma: “Tu és o meu Deus”. Ele afirma que a prática da oração é algo
que está intrínseco em sua vida, pois devido a sua situação está orando o dia
inteiro. (retornando ao assunto
explorado anteriormente: “Imagine alguém o dia inteiro repetindo e repetindo a mesma
coisa! Que horror! Por incrível que pareça existem várias pessoas que fazem
isso. Oremos por elas!) A adoração é seguida de uma súplica linda, pois
revela que Deus é a fonte da alegria do ser humano e Ele é quem concede condições
para que o coração se torne radiante... Muitos buscam alegria nos prazeres
transitórios, mas a bíblia nos ensina que a alegria vem do Senhor e Ele a
destina as pessoas e a súplica é um dos caminhos para recebe-la. É impressionante
a comunhão deste adorador que escreveu o salmo 86, pois seus pensamentos estão
fixos em Deus e extrapolam as barreiras do tempo e espaço para se apresentarem
diante do Altíssimo em sua habitação celeste. Os pensamentos devem
comunicar-se... Os nossos com os de Deus (bíblia e oração)... Infelizmente há
pessoas que estão convencidas que são cristãs, mas não elevam seus pensamentos
a Deus em nenhum momento do dia e passam por vezes dias a fio sem sequer
lembrarem dEle até a chegada do culto que é semanal... Quando não se falta e
torna-se quinzenal ou numa conduta anual... O que dirá daqueles que só vão em
eventos esporádicos (morte, casamento etc)... Quem foi chamado para viver o
Evangelho não permite que seus pensamentos fiquem presos neste mundo que se
distancia dos propósitos divinos, mas os condiciona pela Palavra Viva a viver o
que Jesus o Emanuel[2] veio realizar – Restaurar, reconciliar e ampliar o que fora
perdido no Éden: “Comunhão e a bênção de mergulhar na oração!”